Talvez você já tenha ouvido falar que o glúten faz mal para a saúde e que ele precisa ser excluído da dieta. Mas será que ele realmente é um vilão ou toda essa fama é um mito? Essa é uma questão importante de ser entendida por quem deseja fazer boas escolhas alimentares e ter uma rotina saudável. 

Para ajudar você a entender melhor o papel do glúten no seu prato, preparamos este artigo com informações fundamentais. Boa leitura! 

O que é o glúten e em quais alimentos está presente 

Em primeiro lugar, é necessário entender que o glúten é uma proteína encontrada em cereais como trigo, centeio, cevada e seus derivados. Ele é responsável pela elasticidade da massa em pães, bolos e outros produtos assados, dando-lhes a textura macia e esponjosa que muitos apreciam. 

Entre os principais alimentos que são fontes de glúten, podemos destacar: 

• Pães; 

• Bolos; 

• Massas; 

• Biscoitos; 

• Hambúrgueres; 

• Produtos embutidos; 

• Alguns tipos de queijos; 

• Cervejas e bebidas com malte. 

Além disso, o glúten pode estar presente em alimentos processados, como molhos, sopas instantâneas e até mesmo em alguns tipos de doces. Por isso, é tão importante ler os rótulos dos produtos, especialmente quando se trata de alguém que precisa restringir o consumo dessa proteína. 

2. Cuidados com o consumo de glúten na dieta

Quando se trata de glúten, assim como de qualquer outro nutriente, o consumo deve ser sempre feito de forma equilibrada. No entanto, na maioria das vezes, não há motivos para grandes preocupações. Isso porque, para a maioria das pessoas, a proteína não causa problemas de saúde e pode ser consumida como parte de uma dieta balanceada. 

É importante ressaltar, inclusive, que cortar o glúten da alimentação sem necessidade pode levar à deficiência de nutrientes importantes presentes nos alimentos que contêm essa proteína, como as fibras e as vitaminas do complexo B. Sendo assim, a orientação de médicos e nutricionistas é indispensável. 

Portanto, para quem não possui restrições específicas, o glúten pode ser consumido com moderação. É sempre válido diversificar as fontes de carboidratos e optar por uma alimentação rica em frutas, legumes e grãos integrais, pois dessa maneira garantimos uma nutrição adequada. 

3. A relação entre glúten e ganho de peso

Outra dúvida bastante comum é se o glúten engorda. No entanto, é preciso compreender que, por si só, essa proteína não é responsável por fazer uma pessoa ter ganho excessivo de peso. O que pode contribuir para isso são os alimentos ricos em glúten que, muitas vezes, também são ricos em calorias, como pães, massas, bolos e biscoitos. 

Esses alimentos, quando consumidos em grandes quantidades, podem levar ao aumento de peso, independentemente da presença do glúten. Além disso, algumas dietas sem glúten podem acabar promovendo o consumo de alimentos processados e ricos em açúcar ou gordura para compensar a ausência do glúten, o que também pode resultar em ganho de peso.  

Portanto, a afirmação de que glúten engorda é um mito. O foco deve ser em manter uma dieta equilibrada, rica em nutrientes, e moderada em calorias, independentemente de incluir ou não alimentos com essa proteína. 

4. Quando o glúten pode fazer mal

Embora o glúten seja inofensivo para a maioria das pessoas, é muito importante entender que ele pode causar sérios problemas de saúde para quem tem doença celíaca ou intolerância ao glúten. Por isso, nesses casos, é fundamental ter cuidado e uma atenção maior aos rótulos dos alimentos. 

A doença celíaca é uma condição autoimune em que o consumo de glúten desencadeia uma reação do sistema imunológico. Essa condição danifica o revestimento do intestino delgado, dificultando a absorção de nutrientes. 

Já a intolerância ao glúten, também conhecida como sensibilidade ao glúten não celíaca, provoca sintomas desconfortáveis, como inchaço, dor abdominal e diarreia, mas sem causar danos ao intestino. Nesses casos, a eliminação do glúten da dieta é necessária para evitar sintomas e complicações. 

5. Os malefícios do glúten para quem tem restrição

Como explicado, o glúten não faz mal para todas as pessoas, porém para quem tem doença celíaca ou intolerância ao glúten, o consumo dessa proteína pode ter efeitos graves. No caso dos celíacos, a ingestão de glúten, mesmo em pequenas quantidades, pode levar a complicações como desnutrição, anemia, osteoporose, e aumento do risco de outras doenças autoimunes. 

Pessoas com intolerância ao glúten podem sofrer de desconfortos gastrointestinais, fadiga, dores de cabeça e outros sintomas que afetam significativamente a qualidade de vida. Assim, é necessário que essas pessoas sigam uma dieta rigorosamente sem glúten para evitar esses malefícios. 

6. Dicas para intolerantes ao glúten

Se você suspeita que pode ter intolerância ao glúten, é importante ficar atento aos sintomas, que podem incluir inchaço, dor abdominal, diarreia, fadiga, e dores de cabeça frequentes. O diagnóstico deve ser feito por um médico, que solicitará os exames necessários e fará a avaliação adequada. 

O tratamento para a intolerância é a adoção de uma dieta sem glúten. Dessa forma, serão excluídos alimentos que contenham trigo, cevada, centeio e qualquer derivado desses grãos. Nessa situação, substituir o glúten por alternativas seguras é fundamental. 

7. Opções de alimentos sem glúten

Então, se você faz parte do grupo de pessoas que precisam evitar o glúten, há diversas opções de alimentos e ingredientes que podem ser usados na substituição. Confira algumas das alternativas bem interessantes: 

• Farinha de arroz — substituto comum para a farinha de trigo, ideal para preparar pães, bolos e massas; 

• Farinha de amêndoa — rica em proteínas e gorduras saudáveis, excelente para receitas de bolos e biscoitos; 

• Farinha de grão-de-bico — ótima para fazer pães, tortas e massas, além de ser uma boa fonte de proteínas vegetais; 

• Polvilho — utilizado para fazer pães de queijo e outras receitas tradicionais; 

• Quinoa — grão versátil que pode substituir o trigo em saladas, acompanhamentos e até em preparações como hambúrgueres. 

Entender a relação entre glúten e saúde é essencial para fazer escolhas alimentares corretas e promover o bem-estar. Se você não tem restrições, esse nutriente pode perfeitamente fazer parte de uma dieta equilibrada. Porém, para aqueles que precisam evitar essa proteína, há diversas alternativas saborosas e nutritivas disponíveis. 

Agora você já sabe quando o glúten faz mal ou não, no entanto, em caso de dúvidas, não deixe de consultar um nutricionista para ter orientações personalizadas. Aproveite e confira nosso artigo sobre dieta cetogênica, uma alternativa para transformar seu corpo e sua mente.