FAQs

Diferentemente do que ocorre em algumas implantações de próteses, não existe rejeição ao balão intragástrico, o que ocorre são condições individuais diferentes de tolerabilidade entre os pacientes, na fase de adaptação. Então percebemos que alguns pacientes toleram melhor que outros o balão.

O balão intragástrico está liberado para o seu uso em pacientes que apresentam um índice de massa corpórea (IMC) a partir de 27. Pacientes com obesidade leve e moderada também tem indicação para o balão. Os Obesos graves (mórbidos) respondem melhor a cirurgia do que ao balão, porém este pode ser indicado antes da cirurgia para fazer o paciente perder uma quantidade de peso considerável e dessa forma diminuir o risco cirúrgico.

Sim. Como em todo procedimento médico algumas complicações podem ocorrer durante o tratamento com o balão intragástrico. Embora pouco frequente destacamos: Náuseas e vômitos intensos, úlceras gastrintestinais, deslocamento do dispositivo, infecção fúngica, pancreatite, Hiperinsuflação do balão.

Não necessariamente. Pelo Consenso Brasileiro de Balão Intragástrico realizado em São Paulo, essa escolha fica a critério de segurança, opinião do paciente e habilidade técnica do endoscopista.

Sim. É até indicado e recomendável. É muito comum perguntarem também se tem alguma restrição de esportes...a resposta é não. A partir de uma semana está liberado caminhada e outras atividades leves, após um mês está liberado qualquer atividade física, inclusive esportes radicais e artes marciais.

É muito comum ouvirmos esse questionamento bem como perguntarem se após a retirada do balão o paciente não fica com um “buraco” ou “oco” no estômago e isso vá aumentar a fome. Isso não é verdade, como todos os órgãos do trato gastrintestinal o estômago é uma víscera que fica colabada, após a retirada do balão ela volta a colabar...sem espaço ou “buraco”. A fome e desejo de comer serão os mesmos, mas após a retirada do balão que é o dispositivo que estava promovendo a saciedade precoce, o paciente precisará manter a reeducação alimentar que aprendeu durante o tratamento e evitar cometer os erros alimentares de antes para não ter reganho do peso.

Sim. Eventualmente temos a condição do balão estourar ou dele vazar pela válvula de insuflação. Se isso ocorrer o paciente irá urinar em tons de azul, devido o corante que é colocado no balão junto com o Soro Fisiológico. Nesses casos ocorre uma falha de fabricação do balão e as empresas fornecedoras costumam a repor o dispositivo ao paciente sem custos e pela garantia do produto.

Sim. O balão tanto pode ter uma infecção externa por fungos quanto pode ter um crescimento indesejado do seu tamanho com presença de ar dentro do balão. Essa segunda condição não é bem conhecida a sua causa, mas acredita-se que pode ser uma infecção fúngica interna do balão. São duas condições que serão contornadas pelo endoscopista responsável pelo tratamento.

Sim. O balão facilita a abertura de úlceras, devido ao contato direto com a mucosa gástrica ele pode desencadear a abertura de úlceras bem como as suas complicações. Para minimizar esse risco prescrevemos Omeprazol e demais inibidores da produção ácida de forma ininterrupta e durante todo o tratamento.

Não. A retirada do balão após o prazo de validade e garantia do dispositivo aumenta muito os riscos de complicações durante a sua retirada. Após o prazo dado pelos fabricantes o silicone do balão vai ficando desgastado, espessado e até endurecido. Essa condição aumenta a chance de trauma e perfuração durante a retirada.